ESTRUTURA E DINÂMICA DA PERSONALIDADE HUMANA - esquema de uma abordagem
- Frei Basílio de Resende ofm
- 24 de out. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de out. de 2021
UMA VISÃO ESQUEMÁTICA E GLOBAL DA PERSONALIDADE HUMANA,
SUA ESTRUTURA E DINÂMICA
- um esquema provisório e simplista -
- Na busca de uma compreensão do ser humano e de seu comportamento, do ponto de vista da psicologia, é do conhecimento comum as teorias de Sigmund Freud, Karl G. Jung, Alfred Adler, Viktor Frankl, Phillip Lersch, Joseph Nuttin –
Na abordagem do inconsciente ou o “impulso de desenvolvimento global”, os psicólogos da personalidade, como Joseph Nuttin da escola de Louvain, apresentam a seguinte compreensão dos dinamismos da pessoa humana (A Estrutura da Personalidade Humana e Psicanálise e Personalidade).
Próxima da antropologia bíblica que apresenta o ser humano como constituído de ‘corpo, alma, espírito, coração e mente’, esta abordagem compreende o ser humano com três níveis: o psico-biológico, o psico-social e o psico-espiritual.
Em cada um desses níveis funcionam impulsos inconscientes que produzem e moldam o comportamento, a conduta, e tecem as relações humanas.
No nível psico-biológico, agem o impulso de auto-conservação (libido de Ego) e o impulso sexual (libido de Objeto) (este impulso sexual, Sigmund Freud disse que é o dominante na vida humana e o chama com a palavra latina de “libido = desejo”), p.17.
No nível psico-social, temos o impulso de sociabilidade (libido de Objeto) e o impulso de auto-afirmação (libido de Ego) (Alfred Adler disse que este é o dominante da conduta humana e o chama de “instinto de poder”), p.18.
No nível psico-espiritual, temos o impulso de cogitação do sentido da existência (libido de Ego) (Viktor Frankl considera-o como o dominante e o chama de “vontade de significação”) e o impulso de auto-transcendência (libido de Objeto) (este é o responsável por nossa aspiração ao absoluto, que Phillip Lersch chamou de “aspirações metafísicas da personalidade”; é chamado por alguns de “impulso religioso”; os psicanalistas existenciais o chamam de “Deus inconsciente”; Karl G. Jung o denomina “religião inconsciente”), p.19-20.
Todo esse conjunto dos seis impulsos nos três níveis, Freud o denom
inou “Id” (isso), em nossos dinamismos inconscientes.
Em sua segunda tópica para configurar o psiquismo, Freud usou as expressões latinas ID, EGO, SUPER=EGO.
O ID (o inconsciente - constituído de desejos, imagens, afetos, pensamentos dos quais não temos consciência; segue o princípio do prazer ‘da satisfação, sensório-motor e sensual’); o EGO (o consciente - imagens, afetos, pensamentos, projetos dos quais temos consciência e pelos quais somos responsáveis; podemos reconhecê-los, exercer auto domínio sobre eles, decidir agir segundo eles ou não; segue o princípio da realidade, ‘da assimilação, da adaptação e ajustamento’) e o SUPER-EGO (misto inconsciente e consciente; é o princípio estruturante da vida psíquica e do comportamento; contem os interditos, as proibições e as permissões da vida social, os ideais da cultura, os valores morais, o ideal de Ego, o Ego ideal; diria que segue o princípio da cultura, da ciência, arte, religião e beleza).
O ‘Id’ é a instância psíquica inconsciente de onde procedem nossos impulsos. É a nossa instintividade, nossa fonte de energia psíquica. Ela segue o princípio do prazer, é regida pela lei do prazer, da satisfação em todos os níveis de nossa personalidade: no biológico, no social, no espiritual, p. 20.
(Esquema tirado do livro “PADRES E BISPOS AUTO-ANALISADOS”, de João Mohana, Livraia Agir, 1967, p.16-20 -
com elaborações acréscimos de Frei Basílio de Resende ofm)
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