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UMA REFLEXÃO TEOLÓGICA SOBRE A ENCARNAÇÃO, O NATAL

  • Foto do escritor: Frei Basílio de Resende ofm
    Frei Basílio de Resende ofm
  • 8 de jan. de 2021
  • 2 min de leitura

MARIA MÃE DE JESUS, FILHO DE DEUS.


Uma moça de Nazaré, viveu sozinha, por primeiro, a maior aventura da humanidade: Deus vindo na carne.


A encarnação é um fato enorme e inesperado.


Deus fez sua entrada no mundo, incógnito, ao abrigo do silêncio discreto de uma casa particular, ignorada e humilde.


Agrada a São Lucas sublinhar o contraste entre o anúncio do nascimento de João Batista, feito a um sacerdote, no contexto litúrgico grandioso do templo de Jerusalém, e o anúncio do nascimento de Jesus, feito a Maria, uma moça leiga, no contexto de sua moradia privada em Nazaré, um povoado desconhecido, cujo nome não é pronunciado uma única vez, nem na Bíblia, nem na história, antes deste anúncio admirável.


Sim, Deus surpreendeu todo o mundo.


Ele aparece tão diferente do que era imaginado.


Era entendido como “um puro espírito invisível”: e Ele toma um corpo.

Dizia-se dele “todo poderoso”: e Ele se deixa prender e matar.

A gente o pensava “imutável”: e eis que Ele cresce no seio de uma mulher.

Afirmava-se que Ele está “em todo lugar”: e eis que Ele está como reduzido aos limites de tempos e lugares, porque Ele foi concebido em Nazaré, nasce em Belém, e morrerá em Jerusalém.


Sem dúvida, todas essas belas coisas que havíamos dito sobre Deus continuam verdadeiras.


Mas, ao se encarnar, Deus se revelou muito maior e muito mais simples do que nossas mentes humanas poderiam perceber.


Sua grandeza, sua infinitude, sua onipotência, se apresentam totalmente diferente do que imaginávamos: é a grandeza, a infinitude e a onipotência do Amor.


E Maria é a primeira a ter acreditado nisso, que é o mistério cristão por excelência.


Nunca repetiremos o suficiente: ‘Crer em Deus não é a característica do cristão’; muitas outras religiões têm essa mesma fé. A fé cristã, é crer em um “Deus na carne”; é afirmar: “O homem Jesus de Nazaré, o filho de Maria, é o Filho de Deus, o Verbo feito carne, a segunda pessoa da Trindade, encarnada em nosso mundo. E todos os que creem nesta nova Aliança participam, em certo sentido, da fé de Maria” (João Paulo II, na encíclica “Mãe do Redentor”, 27).


(De: Noel Quesson, “Les Entretiens du Dimanche, Année B, Quatrième Dimanche de l’Avent”, Droguet-Ardant, p. 20-21)

Tradução de Frei Basílio de Resende ofm

 
 
 

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